Semana passada eu conversei com a Letícia Imai, gravando para o Código de Vendas, uma série para o Marcados.

Eu acredito que você já conheça a Letícia, mas caso não, convido a dar uma olhada no perfil dela — ela é um ótimo exemplo de uma pessoa que devemos aprender com o que ela faz, não apenas com o que ela fala.

Enfim, no meio da conversa começamos a falar sobre a necessidade de criarmos um rótulo para si mesmo.

com quem estou falando, como vou falar sobre os temas, quais formatos, etc.

• com quem estou falando, como vou falar sobre os temas, quais formatos, etc.
  

• mas tinha um pensamento que me assombrava: como vão me definir?
  

Eu tinha crises tentando me encaixar em alguma posição conhecida para as pessoas — na MINHA visão de como eu achava que as pessoas pensavam.

Gráfico do Visualize Value que me ajudou a entender meu processo de posicionamento.

“Mas se eu falar disso, o que vão pensar de mim?”

Esse era o pensamento que me assombrava. Eu tinha mais medo do que poderia acontecer, do que deixar de fazer o conteúdo — e foi aí que eu comecei a perceber onde estava meu erro.

Corta pra Letícia:“Mas se eu falar disso, o que vão pensar de mim?”

Eu acompanho a Letícia há uns 2 anos. E nesse tempo, já a vi trocando de posicionamento algumas vezes. Ela já falou mais de design gráfico e ilustração, já falou sobre empreendedorismo criativo, sobre produção de conteúdo e agora tá puxando para monetização.

E, na conversa, eu perguntei pra ela: “você não fica com receio toda vez que troca de posicionamento? de perder sua audiência, ou de ser mal compreendida?”

Ela disse que não. Porque é só fazendo essas trocas que ela chegou onde chegou. Além disso, a audiência não é formada por robôs com atenção limitada. São pessoas que, assim como você, são seres tridimensionais e complexos.

E a Letícia continua, “se você se limitar à esse pensamento de como os outros vão te enxergar, você não vai conseguir chegar no seu real posicionamento”. O que faz muito sentido, afinal, o seu posicionamento é sobre você, mas não é pra você.

Você se posiciona para que aqueles que você quer servir, identifiquem que você é quem eles precisam. E para você ser quem eles precisam, você não pode se limitar — principalmente por achismos arbitrários que carregamos na nossa cabeça insegura.

Posicionar-se, começa com decisões, mas se desenvolve no longo prazo. O posicionamento é construído a partir da constante articulação de ideias, crenças, objetivos, jeitos de fazer. E, isso só se constrói com o tempo.

• ou você acha que desde o primeiro dia que comecei a produzir conteúdo já existia a sigla “EMBD” (Estratégia de Marca e o Business do Design)? Não tinha. Isso foi algo que foi desenvolvido enquanto eu tentava exercer meu posicionamento.

Fica a reflexão:

• quanto da dificuldade que você enfrenta em se posicionar, vem da preocupação que você tem em o que os outros irão pensar de você?
  
  

• quanto do seu processo de posicionamento está focado na opinião alheia, ao invés de buscar transmitir sua mensagem e valor da melhor forma possível para quem precisa?
  
  

"Você não se preocuparia tanto com o que os outros pensam de você se percebesse que eles raramente pensam em você. "

— ELEANOR ROOSEVELT

Ótima semana.
Lona.