Posicionamento
Porque o posicionamento não aparece no briefing.

André Lona
JUN 02, 2025
Posicionamento
André Lona
JUN 02, 2025
Semana passada, tive uma reunião com duas empresárias — fundadoras de uma marca de roupas voltada para o nicho de skate.
Na verdade, mais do que skate. O foco delas é um segmento específico: skatistas mulheres.
A conversa que tive com elas é o retrato de 90% dos empresários que eu atendo. Gente que tem muita clareza do motivo que os fez começar.
E justamente por isso... são muito protetivos com suas marcas.
Eles sabem o que querem mudar. Têm convicção no propósito. Enxergam o problema que a marca nasceu pra resolver.
E por estarem tão envolvidos emocionalmente com essa origem, acabam criando uma postura de defesa. Ficam em vigília. atentos. com medo de alguém distorcer aquilo tudo.
E isso — que é bonito — também pode ser trágico.
Porque é justamente essa parte emocional e verdadeira que fica escondida.
Elas não contam. Não sabem como contar. Ou acham que não devem.
Então o discurso se resume ao básico:
os diferenciais do produto
os materiais
o acabamento
a confecção
Mas o motivo real da marca existir — esse ninguém ouve.
No caso dessas duas empreendedoras, por exemplo, existe um problema real e não resolvido: a ausência de marcas que olhem pra mulher skatista com respeito e profundidade.
Isso é poderoso. é um posicionamento. é uma causa.
Mas está soterrado debaixo de um discurso de ficha técnica.
E é aí que entra o nosso trabalho.
Muita gente acha que branding é sobre “criar uma marca”. mas, na real, é muito mais sobre traduzir.
Não é a gente que inventa a marca.
É a gente que ajuda o cliente a falar sobre o que realmente importa.
E isso dá trabalho. Exige confronto. Exige escuta. Exige coragem de fazer perguntas difíceis.
Porque, no fundo, todo empresário que tenta se diferenciar — acaba fazendo o contrário.
ele olha pros lados e tenta se encaixar. Copia o que os outros estão fazendo.
Quando, na verdade, o que diferencia é justamente o que já tá dentro dele.
O que precisa é trazer isso à tona.
Como numa sessão de terapia.
Lembrar por que começou.
Quais princípios estão lá embaixo, sustentando tudo.
Quando isso aparece na comunicação, o jogo vira.
As pessoas param de seguir a marca pelo produto.
E passam a seguir porque compartilham dos mesmos valores.
Como já disse o Simon Sinek:
"As pessoas não compram o que você faz. elas compram o porquê você faz."
"O objetivo não é fazer negócios com aqueles que precisam do que você faz, mas com aqueles que acreditam no que você acredita."
— SIMON SINEK
Uma ótima semana.
Lona
Semana passada, tive uma reunião com duas empresárias — fundadoras de uma marca de roupas voltada para o nicho de skate.
Na verdade, mais do que skate. O foco delas é um segmento específico: skatistas mulheres.
A conversa que tive com elas é o retrato de 90% dos empresários que eu atendo. Gente que tem muita clareza do motivo que os fez começar.
E justamente por isso... são muito protetivos com suas marcas.
Eles sabem o que querem mudar. Têm convicção no propósito. Enxergam o problema que a marca nasceu pra resolver.
E por estarem tão envolvidos emocionalmente com essa origem, acabam criando uma postura de defesa. Ficam em vigília. atentos. com medo de alguém distorcer aquilo tudo.
E isso — que é bonito — também pode ser trágico.
Porque é justamente essa parte emocional e verdadeira que fica escondida.
Elas não contam. Não sabem como contar. Ou acham que não devem.
Então o discurso se resume ao básico:
os diferenciais do produto
os materiais
o acabamento
a confecção
Mas o motivo real da marca existir — esse ninguém ouve.
No caso dessas duas empreendedoras, por exemplo, existe um problema real e não resolvido: a ausência de marcas que olhem pra mulher skatista com respeito e profundidade.
Isso é poderoso. é um posicionamento. é uma causa.
Mas está soterrado debaixo de um discurso de ficha técnica.
E é aí que entra o nosso trabalho.
Muita gente acha que branding é sobre “criar uma marca”. mas, na real, é muito mais sobre traduzir.
Não é a gente que inventa a marca.
É a gente que ajuda o cliente a falar sobre o que realmente importa.
E isso dá trabalho. Exige confronto. Exige escuta. Exige coragem de fazer perguntas difíceis.
Porque, no fundo, todo empresário que tenta se diferenciar — acaba fazendo o contrário.
ele olha pros lados e tenta se encaixar. Copia o que os outros estão fazendo.
Quando, na verdade, o que diferencia é justamente o que já tá dentro dele.
O que precisa é trazer isso à tona.
Como numa sessão de terapia.
Lembrar por que começou.
Quais princípios estão lá embaixo, sustentando tudo.
Quando isso aparece na comunicação, o jogo vira.
As pessoas param de seguir a marca pelo produto.
E passam a seguir porque compartilham dos mesmos valores.
Como já disse o Simon Sinek:
"As pessoas não compram o que você faz. elas compram o porquê você faz."
"O objetivo não é fazer negócios com aqueles que precisam do que você faz, mas com aqueles que acreditam no que você acredita."
— SIMON SINEK
Uma ótima semana.
Lona